Teatro Municipal Geraldo Alverga

A história do teatro em Guarabira começou no início do século XX com a encenação do drama “Fabíola” em 1915. Naquela época, a cidade ainda não possuía um teatro e as apresentações eram realizadas em locais improvisados. A estréia de “Fabíola”, por exemplo, se deu no interior de um armazém de propriedade do Dr. Antônio Guedes adaptado para receber os atores e o público. A “febre” da encenação de dramas tomou conta de outros comerciantes locais e o teatro começou a se disseminar por toda a região do Brejo paraibano. 

Nos anos 20, recém chegado do Recife, o Dr. Eulálio Nunes intensificou essa prática. Sob sua influência foram encenadas várias peças de teatro, como “Órfã Paranaense”, “Atiça a Fogueira”, “Ordem e Progresso”, “Verdadeiro Amor” e “A Moreninha”. Esse período de efervescência teatral se estendeu até a década de 40, sobretudo quando a cidade passou a contar com a presença de Severino Ribeiro e Jovelino Cândido, dois jovens diretores que encenaram as peças “Loura ou Morena”, “Magnólia”, “Calvário de Mãe” e “Capricho do Destino”. 

Na década de 50 o teatro guarabirense alcançou o seu ponto máximo. As apresentações de dramas se espalhavam por diversos locais da cidade. Tudo, e em qualquer lugar, era motivo para uma encenção, desde o Círculo Operário Católico até o Ginásio Nossa Senhora da Luz. Também foram realizadas apresentações teatrais no Cine Teatro São Luiz e na Praça João Pessoa. Nessa época começaram a surgir novas técnicas e o teatro realizado em Guarabira passou a ter som e iluminação modernos, adereços, cenários e figurinos de melhor qualidade. A população se habituou a frequentar os locais de apresentações. Assistir aos dramas se tornou uma prática comum. 

No final da década de 50 algumas peças marcaram o movimento teatral guarabirense, como “As Mil e Uma Noites”, “A Casa de Bernarda Alba”, “Os Morangos”, “A Comédia do Coração”, “Tudo por Você”, “Através da Vidraça” e “O Morro dos Ventos Uivantes”. O tempo de grandes espetáculos começou a ficar para trás. Depois da efervescência dos anos 40 e do auge dos 50, o teatro de Guarabira passou por um período de estagnação de mais de 20 anos. 

Somente no início dos anos 80 o movimento teatral começou a ser retomado na região. Foi um processo lento, que teve o apoio dos grupos de teatro da Capital. Primeiro, foram levados espetáculos de João Pessoa e cidades vizinhas para serem apresentados em Guarabira, o que acabou incentivando produtores e atores locais a retomarem o processo de novas montagens teatrais. Depois, foi incentivada a produção de peças e criação de grupos de teatro pela prefeitura local. 

Esse trabalho realizado pelo movimento cultural organizado em Guarabira culminou com a compra do Cinema São João pela prefeitura, cujo prédio cedeu lugar ao atual Teatro Geraldo Alverga. O teatro tem capacidade para 400 espectadores e foi inaugurado em agosto de 1986, prestando homenagem ao poeta guarabirense Geraldo Alverga, falecido na década de 80. 

Guarabira tem uma história peculiar : lá, não foi o cinema que tomou o lugar do teatro, mas o teatro que conquistou o espaço antes reservado ao cinema. 

Referência: Site Teatro PB






DIREÇÃO: 









João Pedro de Souza é ator e teatrólogo possuindo um histórico de envolvimento com teatro popular desde os anos 80. É fundador do Grupo de Teatro Gênesis, que apresenta há 29 anos o espetáculo da Paixão de Cristo. Também é radialista, jornalista e gráfico.






Expediente: 

Teatro Municipal Geraldo Alverga
Aberto de Segunda à Sexta
das 08:00 às 11:00 - 14:00 às 17:00 - 19:00 às 21:00











NOTÍCIAS DO TEATRO: 



- Grande público prestigia a abertura do projeto "Vamos ao Teatro", em Guarabira.

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